Vivenciando a Consciência Pura: Serenidade

domingo, 25 de outubro de 2015

Serenidade

Allan Nagy

Tomo uma taça de sangue amargo, e olho para lua cheia em uma noite sinistra que me traz inspiração.
Sinto me como um lobo, e o vazio me perseguindo por cada tecla em que digito. As sombras voltando a me assombrar novamente e cria-se uma frase típica dos funerais de minha consciência.

"E assim é o solo sagrado de uma terra amaldiçoada por humanos!, E que os lobos uivem toda sua solidão anoite!, para grunhirem sua raiva na caça ao meio dia". Todo dia é uma caça, uma caça estruturadaa nos grunhidos internos do qual não posso revelar minhas uivadas de solidão nas meias noites.





















Mais uma vez sinto-me impulsionado pelo mais profundo buraco dentro de mim, com tanta dor e serenidade, de fato... são os sentimentos mais puros, mais perigosos, mais vivos e mortos, mortos-vivos.



Nem sei quem sou eu, mas eu danço conforme a música até o seu momento "Am Ende Der Stille" Deste modo vou me remontando, reinventando e reanimando. Nestes pequenos momentos sinto a razão  de minha existência prevalecer quando sou levado pela música que toca no meu coração ao me perder em seus olhos, bem....nem tanto.. rs.. talvez em alguns momentos porém ainda com teor de desilusão e ironia. Persuadido pela sua beleza que me faz passar mal, o seu perigo de sedutora lasciva e inconsequente que me faz perder o controle.Sinto que devo possuí-la, morder seus lábios e lamber seu pescoço branco sensível, unir sua angústia com a minha e fazer um suicídio coletivo acabando tudo em forma poética, garota confusa...


Mas não, não sei se seria bom isto!, está tão gostoso e sedento,assim desperta meu lado mais obscuro da mente, eu sou levado pela minha sombra , ao perder o controle diante de suas danças repletas de sexualidade e morte,escondidas pela angústia de viver em seu interior, é eu sei, sempre gostei de transar com coisas mortas.. rs.. podres por dentro e belas por fora, a necrofilia de pessoas abandonadas que não se encaixaram nas fórmulas da vida.

Quero de minha vida uma poesia com versos felizes e tristes,com cicatrizes da qual possa sentir amor por elas e esvaziar minha paixão ao aprofundar-me na escrita.

Claro, sempre me deixando levar pelo brilho falso de minha barba que transmitira velhice e sabedoria, típico de um escritor que sem os pelos revelaria a criança inocente e judiada pelo mundo.
Sei que lá no fundo meus tesouros já estão quebrados.Só o caos pode concerta-los.E esta impotência de não saber o que fazer com você me deixa louco, no caos.

Queria sair por aí com a alma negra, insana e assassina, tomando para mim com uma cicatriz no rosto, o que tenho vontade, independente se tiver que pagar uma dívida com Deus.

Queria lançar um olhar para seus olhos e te perguntar:

"Por que tanta confusão?!"


E novamente Danço conforme a musica até seu momento "Am ende Der Stille".







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